Diagnóstico do Câncer de Fígado

 

Diagnóstico para Hepatocarcinoma

Chama a atenção no diagnóstico do câncer de fígado o pequeno tempo de evolução, ou seja, o paciente apresenta uma doença geralmente muito avançada ao diagnóstico com um tempo de evolução de sintomas muito curto. O tempo que o tumor leva para duplicar o volume de massa tumoral é muito curto em comparação com outros tumores, sendo em média de 4 meses no hepatocarcinoma.

A maioria dos pacientes apresenta alguma anormalidade dos níveis das bilirrubinas, fosfatase alcalina e transaminases. Em pacientes com cirrose, o aumento brusco da fosfatase alcalina, seguida de pequena elevação das bilirrubinas e transaminases, é sugestivo de malignidade. A alfafetoproteína sérica se apresenta elevada em 75% a 90% dos pacientes com carcinoma hepatocelular, porém o tipo fibrolamelar não está associado a altos níveis deste marcador.

Nos pacientes de alto risco para câncer de fígado (hepatocarcinoma), a identificação precoce do carcinoma hepatocelular poderá ser realizada facilmente através da dosagem de alfafetoproteína sérica e ultra-sonografia hepática. A exatidão da ultra-sonografia na identificação de pequenos tumores aumentou de 25% para 90% nos últimos 10 anos.

Metástases Hepáticas

Nos tumores metastáticos colo-retais, pode-se notar em geral um aumento exacerbado da dosagem do antígeno carcinoembrionario (CEA).

Diagnóstico por Imagem

A tomografia computadorizada, quando realizada com contraste endovenoso dinâmico, isto é, com cortes sem contraste e com contraste no tempo arterial, portal e supra-hepático, conseguem identificar neoplasias do fígado com exatidão de 75% a 90%. Porém, tumores menores do que 3 cm têm a sua detecção prejudicada devido à isodensidade do parênquima hepático normal.

O exame através da Ressonância Magnética não apresenta grande diferença em relação ao estudo pela Tomografia Computadorizada, quanto à capacidade de identificar os tumores hepáticos primários ou metastáticos. Este exame pode definir um pouco melhor a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática, assim como demonstrar os vasos principais sem a necessidade de administração de contraste venoso e diferenciar lesões císticas.

A laparoscopia permite uma visualização direta e a possibilidade de biópsia do tumor, além de avaliar a presença ou ausência de disseminação peritoneal. Sua eficácia aumenta quando associada à ultra-sonografia videolaparoscópica, aumentando o índice de ressecabilidade dos pacientes selecionados para a laparotomia.

A colangioressonância, a colangiotomografia, a colangiografia endoscópica retrógrada ou percutânea transhepática podem ser úteis no diagnóstico e no planejamento do tratamento dos tumores de fígado e, principalmente, das vias biliares.

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SAIBA MAIS: